Era uma vez o menino Carlinhos,
que gostava de uma garota chamada Monique. Quase todos os dias, durante as
aulas do jardim II na escola infantil, eles se olhavam. Não se olhavam com o
mesmo sentimento, mas se olhavam simultaneamente. Carlinhos com carinho e Monique
com desprezo. Entretanto, aquilo era muito novo para Carlinhos, e ele não sabia
distinguir os sentimentos. E até que então, chegou o grande dia, Monique faria
6 anos, e foi a chance que Carlinhos viu de demonstrar e dizer o que queria. “Mãe,
compra algo para eu presentear uma garota?”. É claro que sua mãe comprou. Um
par de brincos foi o presente para Monique. Embora fosse a mais infantil e singela
forma de presentear uma pessoa, principalmente porque partia de uma criança de
cinco anos de idade, aquele ato resultou em uma grande catástrofe. Se lembra, de
como são as coisas no primário, não é? Um menino e uma menina a menos de 1m de
distância já é motivo para aquele coral: Ta namorando, ta namorando. Pois bem,
imagine se, além de 1m de distância o menino chegasse com um presente para a
menina que ele realmente gosta? Todas as criancinhas começaram a gritar e pular e empurrar, e a dizer a tal
frase “ta namorando, ta namorando”. Fim de todas as possibilidades, Monique,
envergonhada, jogou o presente no chão, saio correndo e disse: Eu nunca vou
namorar ele, eu não gosto dele. Carlinhos, inocente e audacioso, sentou e
chorou, até que seus pais fossem o buscar na escola.
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